segunda-feira, 31 de outubro de 2011

XXVIII ENEFIL - FILOSOFIA: HOMEM E NATUREZA



CARTA CONVOCATÓRIA DO XXVIII ENEFIL

O Encontro Nacional dos Estudantes de Filosofia – ENEFIL completará 28 anos de existência e consolida-se como um evento de supra importância no meio acadêmico nacional por reunir estudantes de Graduação em Filosofia, de Pós-Graduação, Professores e demais Pesquisadores. O XXVIII ENEFIL tem como tema: “filosofia, homem e natureza”, propondo uma rica discussão sobre a relação original do nascimento da Filosofia e o seu desenvolvimento ao longo da História do pensamento Ocidental, que é como o Homem pensa e relaciona-se com a natureza. Desde os primórdios da Filosofia, que a relação Homem e Natureza se estabelece como causa primeira do próprio ato de filosofar, numa tentativa de compreensão do surgimento da vida e da motivação humana para o viver.

Na contemporaneidade tal discussão se faz necessária por remeter a uma reflexão sobre o uso de ciências e tecnologias que venham contribuir com a condição de sustentabilidade que tanto urge o nosso planeta. A fadada posição do Homem em se sentir dono e senhor da Natureza fez com que este se permitisse interferir na ordem natural sem preceitos éticos que o fizesse respeitar e considerar a natureza como sua morada e por isso estabelecer com ela uma relação de pertencimento. Tal posição fez com que o Homem causasse enormes danos a natureza, dando origem à catástrofes que colocam em risco a própria sobrevivência da vida no planeta.

A Filosofia tradicionalmente possibilita a reflexão, o levantamento de problemas e soluções para alguns destes, em consonância com a ciência, viabilizando a compreensão de questões para as quais a própria ciência ainda não vislumbrou as suas causas e conseqüências.

O XXVIII ENEFIL pretende contribuir com esta discussão, possibilitando uma crítica ao modelo de desenvolvimento que não considera a natureza como morada do Homem e o levantamento de teorias que afirmam a sustentabilidade como condição inerente ao pensar a natureza para toda e qualquer iniciativa de transformação ou adaptação dos recursos naturais em decorrência de que a vida pertence à natureza.

O XXVIII ENEFIL ocorrerá no período de 16 a 20 de Janeiro de 2012 na Universidade Federal do Maranhão e pretende ser um congraçamento tanto de estudantes de Filosofia como da comunidade Acadêmica Nacional que desejam contribuir e buscar soluções a esta questão, por ser a Filosofia uma fonte inesgotável de conhecimento à relação Homem e Natureza.


Comissão Organizadora
XXVIII Encontro Nacional dos Estudantes de Filosofia

Coordenação Nacional
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES DE FILOSOFIA


OBSERVAÇÃO: Informações sobre inscrições, envio de trabalhos, alimentação, alojamento e contato com a C.O. em http://enefil2012.com


quarta-feira, 13 de julho de 2011

NO CURRÍCULO, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA: QUE FAZER?

Audiência Pública na AL/RS

A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia realizou audiência pública para discutir o cumprimento da lei que prevê obrigatoriedade do ensino de Sociologia e Filosofia no ensino médio. A audiência, que ocorreu nesta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa, foi requerida pelo Sindicato dos Sociólogos do RS e teve a participação de representantes da Secretaria de Educação e Cultura, Conselho Estadual de Educação, Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS-Sindicato) Sindicato dos Professores do Ensino Privado (SINPRO-RS), Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (SINEPE/RS), da COOPSSOL ,professores das redes pública e privada, além de estudantes universitários de sociologia e filosofia.

A deputada Marisa Formolo, que presidiu os trabalhos da audiência pública, lembrou que nos últimos quatro anos este debate já foi feito duas vezes. “Estamos dispostos a retomar o tema na Assembleia porque é obrigatório que todas as escolas de ensino médio tenham, pelo menos, duas horas por semana de sociologia ou filosofia. São a reflexão e a contextualização do momento histórico. O governo precisa recompor o quadro da área de sociologia e filosofia”, salientou a deputada.

Segundo Vera Maria Ferreira, coordenadora de Ensino Médio da SEC, atualmente existem 2.164 professores de sociologia e 2.094 de filosofia no ensino médio. Vera garantiu, no entanto, que até o final do ano será realizado concurso público para agregar mais profissionais à rede pública. Essa luta já teve altos e baixos. Fernando Henrique vetou projeto aprovado no Congresso Nacional em 1998. O Conselho Nacional de Educação, aprovou uma resolução recomendando a reintrodução das disciplinas nas mais de 23 mil Escolas de EM do país.


A proposta virou lei a partir de uma proposição do Dep Ribamar Alves aprovada no Congresso e sancionado pelo presidente em exercício José Alencar.


Fonte: COOPSSOL

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Os rumos do Movimento Estudantil de Filosofia em pauta*

“Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo”.

Florestan Fernandes

Entre os dias 17 e 23 de julho de 2011 os estudantes de filosofia do país estarão reunidos no VI Congresso da Associação Brasileira dos Estudantes de Filosofia, em Belo Horizonte/MG, sob o tema “O papel da filosofia para a compreensão da realidade social” para debater os rumos do Movimento Estudantil de Filosofia para o próximo período.

Para além das temáticas específicas da programação, que destacam desde a importância do trabalho de base e dos valores de uma prática militante até a reorganização do ME e da ABEF. É evidente que o ME em geral não consegue mais mobilizar os demais segmentos da sociedade em torno de suas reivindicações e até mesmo pautas corporativas só merecem atenção quando alguma reitoria é ocupada. O movimento de área enfrenta dilemas ainda mais complexos que gostaria de destacar a partir da experiência na atual gestão da ABEF.

De acordo com o MEC existem cerca de 220 Cursos de Graduação em Filosofia em atividade no país sendo que 63 são em IFES e 108 em IPES. Dos quais, 152 de licenciatura, 72 de bacharelado, 160 presenciais e 14 à distância. Nas IFES, cursos com currículos desatualizados e altamente influenciados pelos programas de pós-graduação e enfrentamentos mais constantes contra as conseqüências da expansão sem qualidade proposta pelo REUNI e a Contra Reforma Universitária. Nas IPES, cursos com baixa procura pelos estudantes que, em grande número, chegam à filosofia como segunda opção ou terceira opção para o ensino superior. Poucos Centros Acadêmicos construindo sistematicamente o MEFIL e muitos refletindo a postura dos cursos corporativos ou academicistas.

É nesse contexto que teremos que discutir profundamente uma nova linha de ação da ABEF para com os estudantes organizados e, também, para alcançar essa base distante dos estudantes de filosofia. Deliberaremos importantes questões como as ações que tomaremos para a efetiva aplicação da Lei nº. 11.684, de 2 de junho de 2008, que torna o ensino de filosofia e sociologia obrigatório no ensino médio e a nossa colaboração na proposta do movimento educacional para o Plano Nacional da Educação 2011-2020.

Procure o seu Centro Acadêmico e discuta com seus colegas os assuntos que destacaremos nessa edição do Congresso da ABEF. Participe da Eleição dos Delegados e contribua com a revisão da nossa Plataforma Política, do Estatuto e, também, da eleição da próxima Coordenação Nacional da ABEF.

*Arthur Bispo de Oliveira, estudante de Filosofia LP na Universidade de Passo Fundo e Coordenador Nacional da ABEF – Gestão 2010/2011.

MOÇÃO DA APOIO AOS ESTUDANTES DA PUC RS

Saudações estudantis a todos e todas que resistem!

A Associação Brasileira d@s Estudantes de Filosofia vem a público manifestar o seu apoio a todas e a todos os estudantes da Pontifícia Universidade Católica do estado do Rio Grande do Sul que estão em um importante enfrentamento político para todo Movimento Estudantil contra as históricas irregularidades no Diretório Central dos Estudantes.

O DCE da PUC RS possui uma história de muitas lutas, durante a década de 70 e 80, que foi interrompida pela ascensão de um grupo de estudantes ligadas a juventude do PDT gaúcho no início dos anos 90. Desde então, de instrumento de organização de lutas, a entidade foi aparelhada e transformada num braço político do mesmo partido.

Para se manter no poder, desmobilizaram, ameaçaram e fraudaram inúmeros processos eleitorais e, em mais de uma oportunidade, os estudantes organizados tentaram devolver a democracia interna para sua entidade. Contudo, mesmo sendo denunciados pelo ME combativo na imprensa, no Ministério Público e sendo alvo de investigações da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, nada foi feito.

Uma vez mais, os estudantes indignados com as fraudes impostas pelo DCE da PUC RS se mobilizaram. O estopim dessa vez foi a impugnação ilegítima das chapas de oposição ao 52° Congresso da União Nacional dos Estudantes semana passada. Nas assembléias do movimento, as pautas avançaram e já questionam a legitimidade tanto DCE quanto da Reitoria da PUC, a qual sempre foi omissa com toda a situação.

É nesse contexto que, ao protestarem contra a falta de respeito à democracia estudantil, companheiras de luta foram agredidas quando tentavam desmascarar mais um ato do DCE da PUC escondendo as urnas de votação dos delegados do 52° CONUNE. Devemos sempre repudiar quem atenta contra a vontade dos estudantes e se mantêm na direção das entidades mediante fraudes e agressões.

Fora Máfia do DCE PUC RS!

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES DE FILOSOFIA

Gestão – ABEF é pra lutar!

terça-feira, 31 de maio de 2011

OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UFPEL

ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE

Em virtude do comunicado emitido pela administração da Universidade Federal de Pelotas, os estudantes participantes da mobilização que neste momento ocupa o prédio da reitoria.

A mobilização foi encaminhada em Assembleia Geral dos Estudantes, no dia 18 de maio do corrente ano, visando alertar a administração desta instituição de ensino acerca dos problemas de estrutura que há muito acometem a comunidade acadêmica. Em diversas ocasiões procurou-se a administração da UFPEL, de forma burocrática, não obtendo sucesso. Foram diversos documentos encaminhados pelo Diretório Central dos Estudantes, pelos Diretórios e Centros Acadêmicos e também por estudantes de maneira individual. Não havendo retorno por parte da reitoria, decidiu-se organizar um ato público na data de hoje.

O ato partiu da Casa do Estudante às 13:00 aproximadamente em forma de passeata, com a participação de aproximadamente 300 estudantes, rumo ao Campus Anglo com intuito de entregar ao Reitor César Borges um requerimento que listava os problemas emergenciais de todos os campi Universidade Federal de Pelotas, entre eles a situação precária das bibliotecas, falta de água potável no Campus Capão do Leão, insuficiência do quadro docente, problemáticas de transporte e segurança, assistência estudantil desproporcional a expansão de vagas ofertadas pela universidade, entre outros. Ao chegar no prédio onde está instalada a reitoria, os estudantes foram impedidos de acessar as dependências internas pelos seguranças da instituição, sendo este fato revertido mediante pressão que resultou na agressão física de um estudante, por parte de um funcionário da reitoria. (Fato este documentado em vídeo). Dado a resistência da reitoria em receber a comissão de 24 estudantes, representantes dos cursos participantes da manifestação, por volta das 18:00 horas os estudantes ocuparam o prédio e exigiram a manifestação do Reitor César Borges.

O reitor César Borges, após ouvir as reivindicações, manifestou que a Universidade integra um plano nacional de educação, o qual é apoiado pela União Nacional dos Estudantes, entidade esta que segundo o reitor representa os estudantes presentes. Frente a esta manifestação os estudantes que não se sentem representados pela a entidade citada (UNE) e que já haviam aguardado mais de 3 horas para serem recebidos, não aceitaram tal declaração e o reitor César Borges retirou-se do local, retornando ao seu gabinete.

Em nova assembleia realizada nas dependências da reitoria, deliberou-se por ocupar o prédio até que o Reitor César Borges emita uma convocatória de Assembleia da Comunidade,que deverá ocorrer em até uma semana, com data, horário e local, a qual deve ser presidida pela Associação de Docentes da Universidade Federal de Pelotas (ADUFPEL), pela Associação dos Servidores da Universidade Federal de Pelotas (ASUFPEL) e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Nesta ocasião deverão se fazer presentes todos os pró- reitores desta instituição de ensino, bem como o próprio reitor. Também solicitou-se que na ocasião da Assembleia da Comunidade, a administração desta universidade comprometa-se em solucionar as problemáticas mais agravantes com urgência. Este documento foi encaminhado ao reitor César Borges e até o presente momento, não recebemos respostas. Sendo assim, seguimos mobilizados nas dependências da reitoria da Universidade Federal de Pelotas, comprometendo-nos a desocupar o prédio tão logo esta solicitação seja atendida.

Reiteramos que em nenhum momento utilizou-se de violência e nem houve depredação de patrimônio público por parte dos estudantes, fato comprovado em diversos vídeos que documentam a forma pacifica com que a manifestação foi realizada.


ASSEMBLEIA GERAL DE ESTUDANTES
Pelotas, 26 de maio de 2011.


CONFIRA A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES:


— Falta de espaço físico para alunos devido ao aumento desproporcional da relação aluno/espaço;
— Transparência no orçamento da Universidade;
— Iluminação das Unidades;
— Segurança;
— Obras da futura casa do estudante e da creche;
— Proporcionalidade na relação assistência estudantil/aumento de alunos;
— Aquisição de livros sem respeitar listas elaboradas por docentes;
— Obras do projeto Reuni em atraso;
— Aquisição de prédios sucateados para reforma;
— Pulverização dos espaços da Universidade pela cidade de Pelotas;
— Gastos de custeio UFPel;
— Proporcionalidade no aumento de alunos/professores;
— Laboratórios de práticas em condições inadequadas de segurança;
— Descarte de resíduos químicos inadequados;
— Inexistência de Hospital Universitário para áreas da saúde;
— Inexistência de laboratórios, como exemplo, o curso de jornalismo;
— Transferência da pós-graduação para local distante da graduação;
— Aquisição de prédios sucateados sem consultar as universidades envolvidas;
— Consulta à comunidade sobre alterações no Estatuto da UFPel;
— Hospital Veterinário em condições inadequadas;
— Espaços inadequados a portadores de necessidades especiais;
— Cada do Estudante em péssimas condições elétricas e hidráulicas;
— Bibliotecas desatualizadas e com pouco horários de funcionamento;
— Ginásios da ESEF em condições inadequadas;
— Ausência de linha de transporte que integra a Universidade;
— Transporte ao campus de modo insatisfatório;
— Relação de imóveis alugados pela Universidade;
— Destino dos prédios sucateados comprados e gastos com reformas;
— Deficiência orçamentária das Unidades.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

MEMÓRIA DO ME GAÚCHO

Seminário Memórias em Movimento: Um passo à frente na construção da memória do M.E. gaúcho

Nos dias 13, 14 e 15 de abril, realizou-se em Pelotas o “Seminário Memórias em Movimento: Juventude, Cultura e Política”, que marcou o lançamento para a comunidade do projeto que nós, como Instituto Mário Alves, desenvolveremos nos próximos dois anos, como instituição da rede de Pontos de Cultura do MINC, em parceria com a FURG.

Tal projeto, intitulado “Memórias do Movimento Estudantil Gaúcho no Período da Redemocratização – 1977/1985: Juventude, Cultura e Política” irá reconstruir, através de pesquisa em documentos da época e de entrevistas com militantes e dirigentes do ME no RS, a história daquele período, que marcou a rearticulação do movimento após a brutal repressão que sofreram as entidades estudantis nos primeiros anos da ditadura militar. Estas mobilizações, aliadas às greves iniciadas no ABC paulista e aos movimentos populares que exigiam melhores condições de vida, contribuíram fortemente para as grandes mobilizações populares que agitaram o país entre o final dos anos 70 e início dos anos 80 e que culminou com o fim dos governos militares, em 1985.

Desta forma, o Seminário foi pensado como um momento de reflexão inicial para aqueles que estão mais diretamente ligados ao projeto e para todos os interessados neste debate, além de marcar o primeiro momento de diálogo com a comunidade, que é uma das propostas estruturantes do projeto, prevendo ao longo de sua duração, a realização de oficinas, mostras culturais e debates em locais públicos de Pelotas e de outros municípios da região.

Durante o Seminário realizamos seis mesas de debates que contaram com a participação de 17 painelistas, além de uma mostra de trabalhos acadêmicos e de relatos de experiência sobre o tema e, na noite de encerramento, uma apresentação musical do cantador Pedro Munhoz e a exibição do documentário Cio da Terra, apresentado pela primeira vez na região Sul do Estado e que reconstitui os passos do festival realizado pela UEE em 1982, em Caxias do Sul.

O Seminário, realizado no auditório do Colégio São José, contou com a presença de mais de cem pessoas, sendo que tivemos a participação de militantes do ME de outras cidades, como Rio Grande, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul.

Em relação aos temas discutidos entre os painelistas e o público presente, podemos destacar a historia de lutas da juventude brasileira, que participou de momentos vitais da história do país, como a campanha “O Petróleo é Nosso” e a Campanha da Legalidade; a trajetória da UNE; as diferentes concepções táticas e estratégicas das diversas correntes estudantis que atuavam no período; a importância da cultura para a disputa de um projeto democrático de sociedade e as lutas que marcaram a reconstrução do ME no RS e no Brasil, além de diversas outras questões.

Assim, o Seminário alcançou seus objetivos principais, ao levantar uma série de elementos que irão contribuir para a construção do projeto durante sua execução e também ao permitir a troca de experiências entre militantes daquele período e aqueles que hoje colocam-se a tarefa de construir um movimento coletivo em uma sociedade que cada vez mais apela para o individualismo.

O desafio está lançado, muita história há para ser contada e registrada sobre um rico período de lutas e conquistas do povo brasileiro. Boa sorte para todos nós!

(Coletivo do Instituto Mário Alves)

Fonte: Instituto Mário Alves

O ACORDO MEC-USAID

MEC USAID é a fusão das siglas Ministério da Educação (MEC) e United States Agency for International Development (USAID). Simplesmente conhecidos como acordos MEC-USAID cujo objetivo era aperfeiçoar o modelo educacional brasileiro. Isto se deu através da reforma do ensino, onde os cursos primário (5 anos) e ginasial (4 anos) foram fundidos, se chamando de primeiro grau, com 8 anos de duração e o curso científico fundido com o clássico passou a ser denominado segundo grau, com 3 anos de duração, e o curso universitário passou a ser denominado terceiro grau. Com essa reforma, se eliminou um ano de estudos fazendo com que o Brasil tivesse somente 11 níveis até chegar ao fim do segundo grau enquanto outros países europeus e o Canadá possuem no mínimo 12 níveis.

Para a implantação do programa, o acordo impunha ao Brasil a contratação de assessoramento Norte Americano e a obrigatoriedade do ensino da Língua Inglesa desde a primeira série do primeiro grau. Os técnicos oriundos dos Estados Unidos criaram a reforma da educação pública que atingiu todos os níveis de ensino. O MEC USAID, na verdade tinha como proposta inicial privatizar as escolas públicas, como não deu certo eles resolveram sucatear a mesma. Antes dele o ensino público era de qualidade depois ficou péssimo como podemos constatar ainda hoje. Matérias como História tiverem sua carga horária reduzida para que estudantes da época não tivessem seus olhos abertos em relação a ditadura.

A implantação deste regime de ensino também retirou matérias consideradas obsoletas do currículo, tais como: Filosofia, Latim, Educação Política, cortou-se a carga horária de várias matérias como em História e outras.

Os líderes estudantis brasileiros discordavam da ingerência de um país estrangeiro nos assuntos educacionais de nosso país. Isto originou diversos movimentos reivindicatórios que foram reprimidos pela máquina ditatorial brasileira. Em função do movimento crescente, aliado a outras reivindicações, as organizações estudantis foram postas na clandestinidade.